quinta-feira, 25 de junho de 2015

E se fosse com você? Peça teatral sobre o bullying

Oi pessoal, hoje o post vai ser um pouquinho diferente, direcionado a prevenção do bullying nas escolas, vou disponibilizar um material que pode ajudar professores na hora de realizar um trabalho direcionado a este assunto, na época fiz uma adaptação do livro "E Se Fosse Com Você?" de Sandra Saruê e Marcelo Boffa para uma peça teatral, espero que gostem da adaptação.

Breve comentário sobre o livro...

Este livro conta a história da turma da professora Nancy, 4ª série, que seria tudo maravilhoso se não fosse a agressividade de alguns alunos, que deixava a professora Nancy muito chateada, mas ela não deixou barato, realizou estratégias divertidas para acabar com a situação que tirava seu sossego.






E se fosse com você? Sandra Saruê e Marcelo Boffa
Narrador: Na classe da professora Nancy sempre acontece alguma coisa muito louca, diferente ou divertida. Quando é carnaval, ela transforma a classe num verdadeiro sambódromo, cheio de confete, serpentina e purpurina, com direito a trio elétrico e tudo. Quando é páscoa a classe vira uma exposição de ovos coloridos, e todos se fantasiam de coelhos. Ela promove gincanas e festa e tudo se transforma numa coisa mágica.
Tudo seria maravilhoso na 5ª série se não fosse um problema que a professora Nancy desconhecia e nem desconfiava. Fora de suas aulas, pelo pátio da escola, na hora do recreio ou da saída, quando a professora Nancy não estava por perto, Animal e seus amigos pegavam no pé de João e de outros a alunos da escola.
Animal é o apelido do cara, é claro, mas ele adora ser chamado assim porque combina com sua fama de mau.
(No pátio da escola)
Animal: Ei, seu CDF quatro olho, NERD bobalhão.
Narrador: O animal tem sua panelinha de fiéis e a namoradinha dele, a Barbie também tem e vive pegando no pé da Eli, só porque ele é gordinha.
Barbie: Gorda, baleia, saco de areia...
(Eli fica triste e chora)
(Sai de cena a turma do animal e fica Eli e João)
João: Não chora Eli, o Animal também me zoa porque uso óculos fundo de garrafa, segundo ele tenho cara de bobalhão, nerd, CDF. Pelo menos é assim que ele costuma me chamar. Uso óculos porque preciso e não porque gosto.
Não posso parar de usar óculos porque eu enxergo mal.
Eli: E eu sou gorda porque nasci assim.
João: A Barbie é uma chata, com sua voz fininha e horrível, ela também não se toca. Tanto a Barbie quanto o animal têm seus defeitos, mas ninguém os enxerga.
Eli: O animal é um covarde. Não queria contar nada para professora Nancy para não deixá-la triste.
João: Queria ter coragem de contar para a professora Nancy e para meus pais, mas tenho medo.
Eli: É... Se a turma do animal ficar sabendo vai querer bater na gente.
(No pátio da escola)
(a turma do Animal entra em cena)
Narrador: João estava no pátio quando chegaram o animal e sua turma.
(Animal arranca os óculos do João e esconde) (rindo)
João: Devolve os meus óculos sem eles eu não enxergo quase nada.
Narrador: João tropeça e cai no chão, com a queda ele machuca a boca. Animal ficou nervoso com o que aconteceu.
Alê: Viu o que você fez Animal!
Animal: Não fiz nada, ele que caiu sozinho...
Vivi: Isso aconteceu porque você escondeu os óculos dele, você sabe que ele enxerga mal.
Animal: Agora a culpa é só minha? Vocês estavam aqui junto comigo e são tão culpados quanto eu.
Narrador: A turma do animal ficou contra ele e começou uma grande confusão no pátio da escola e João foi levado para enfermaria.
(um colega leva João)
(A professora entra em cena)
Professora: Parem com isso! O que esta acontecendo aqui?
Eli: Professora Nancy o Animal pegou o óculos do João, que acabou caindo no chão, e ainda tem mais, perseguições, torturas e maldades da Barbie e do Animal contra nós.
Narrador: A reação da professora foi de tristeza.
Professora: Vamos para a sala!
(na sala de aula)
Professora: Como eu não percebi isso antes? O que aconteceu é muito triste.
Porque uma pessoa diferente incomoda tanto vocês? Vocês têm raiva do que? Seria muito fácil se todo mundo fosse igual, mas acontece que esta é a boa notícia do dia: Não podemos fazer com que as pessoas sejam do jeito que queremos, mas devemos respeitar e aceitar.
Amanhã vou mostrar para vocês o que e ser diferente.
(A professora e a turma do Animal saem da sala)
(Eli e João ficam)
Eli: O que será que ela vai fazer?
João: Não sei, mas deve ser alguma coisa ligada a tudo o que aconteceu. Com certeza algo muito legal, como sempre.
Eli: Sei que doeu em você, mais foi bom tudo ter acontecido, só assim a professora Nancy ficou sabendo o que eles faziam com a gente. Porque você não contou antes?
João: Sei lá, por vergonha, medo... E você, porque não contou sobre os apelidos que a Barbie colocava em você?
Eli: Por vergonha e medo também.
Narrador: No dia seguinte, a professora Nancy entrou na classe com um monte de coisas nas mãos. Um servente teve que ajudar a carregar uma cadeira, enquanto ela amontoava os outros objetos. Todos ficaram curiosos.
Professora: Bom dia! Hoje a nossa aula vai ser diferente e espero que todos colaborem.
 (com um ar de brava e sem muita conversa e os alunos com aspecto de medo, pois sabia do que iria se tratar a aula.)
Professora: Animal venha até aqui, coloca esse óculos que eu fiz para você.
Animal: Não estou enxergando nada!
Professora: Vai sentar e não tire os óculos.
 Professora: João!
(enrolou o João com faixas)
João: Não consigo mexer meus braços.
Professora: Barbie!
Barbie: O que professora?
Professora: venha até aqui, eu vou amarrar um lenço em sua boca.
Barbie: Ah, não
Professora: Barbieeeee.
(Amarrou um lenço em sua boca)
Professora: Não tire e vá para seu lugar.
Professora: Eli pode sentar-se na cadeira e tire os pés do chão. Alguém poderia ajudar a Eli?
(um aluno levanta e ajuda a Eli)
Professora: Alê!
(amarrou almofadas em seu corpo)
Professora: Zé!
(colocou adesivos em seu corpo)
Narrador: Todo mundo logo entendeu a brincadeira.
Professora: Todos irão permanecer assim até o final da aula.
(A aula continua e os alunos tentam seguir sua rotina com suas dificuldades)
Narrador: Ao final daquela manhã todos estavam exausto, pois tiveram que conviver com dificuldades durante as aulas, cada um com um problema diferente, tendo que se virar.
Professora: Turma eu tenho algumas perguntas... E se você com você? E se vocês fossem desse jeito todo o tempo?
Narrador: ninguém teve coragem de responder, e então ela continuou.
Professora: Sabe o que aconteceria? Vocês aprenderiam a conviver com as diferenças e a respeitá-las. Atenção, todos: Não façam aos outros o que não gostariam que fizessem com vocês!
Narrador: A professora Nancy recuperou a sua alegria e ainda disse:
Professora: Sabe o que vocês aprenderam hoje? Aprenderam a ser cidadãos. Ser cidadão é isso! Conviver com seus defeitos, diferenças e dificuldades e respeitar os dos outros. Tenho certeza de que, quando crescerem vão continuar sendo pessoas legais. Vocês hoje são e sempre serão verdadeiros cidadãos!

Narrador: Nas aulas da professora Nancy, não existe mais discriminação e todos aprenderam a conviver com a diferença do outro. Animal e sua turma aprenderam a lição e João e Eli vivem sem medo ou vergonha, pois não precisam passar por situações constrangedoras. 


Espero que tenha ajudado!!!

Beijinhos e até o próximo post.

6 comentários:

Unknown disse...

Legal

Unknown disse...

Legal

Unknown disse...

Muito interessante esse texto 😘ensina tudo sobre ñ fazer Bullying com ninguem porque. Algum dia tudo sera descobrido e stera providencias


Unknown disse...

Massa

Unknown disse...

pq as vitimas do texto também precisam pagar o pato??

Blog 1612 disse...

Fiz essa peça na minha escola ano passado

Lembrancinha para festa junina.

Olá, meninas! Vou compartilhar com vocês uma lembrancinha para festa junina ou julina muito fácil de fazer, vocês irão precisar de EVA, COLA...